Amo muito tudo isso!

Dia de São Jorge, feriado aqui no RJ, escola fechada... Nada melhor que ir na Casa Ronald matar as saudades do meu plantão legal. Desde que comecei no meu novo emprego, tive de mudar de plantão, só que não consegui conciliar tudo e acho que terei que pedir uma licença de lá. Em junho completo 4 anos como voluntária e, sem sombra de dúvida, a experiência me mudou bastante como pessoa. Hoje, quando me pego reclamando da vida pelos mais variados motivos (que acabo vendo como fúteis, in the end) lembro do sofrimento e da garra das crianças e adolescentes que passam pela Casa, durante o seu tratamento de câncer. Aí, envergonhada, agradeço a Deus pela minha saúde perfeita e pela chance de poder servir ao próximo. Se Deus quiser, estarei muito em breve de volta ao meu plantão, de volta para o meu "aconchego". Um beijo bem grande em todos os voluntários da Casa que o amor construiu.

P.S. não sei porque saí com essa careta, mas, tudo bem!

Feng Shui

Aproveitando os feriados, resolvi começar algo que havia muito estava protelando: arrumar o meu quarto. Ainda tenho muito a fazer neste estranho local que uso para dormir! Mas, o que é engraçado é que a gente acaba encontrando objetos de grande valor sentimental que nem sabíamos onde tínhamos guardado. Um deles foi a foto de meu filho de quatro patas quando ainda era um bebezão. Ele não é lindo?

cães, de novo!

Como todos os que me conhecem sabem, sou louca por cachorros. Adoro o universo canino e também me divirto com a literatura sobre eles. Desde livros que ensinam como cuidar e treinar o seu melhor amigo até as comoventes estórias de cães. A mais famosa, é claro é a de Marley, que acabou tendo uma versão cinematográfica com Jennifer Aniston no papel de sua dona. Comprei, meio sem querer, mais um daqueles livros que exaltam o cão na capa e que abusam do "sex appeal" do cachorrinho em questão para criar uma capa linda, fofa e cativante. É o caso de "O mundo de Wally". Adorei ler cada parágrafo. A autora, Marsha Boulton consegue trazer o leitor para dentro da sua fazenda, onde Wally se diverte/divertindo os outros. Ele compartilha dos momentos difíceis na vida do casal que o cria. É um filho muito querido, que, infelizmente, vive muito menos do que gostaríamos. Graças a Deus, ao contrário do romance sobre Marley, a morte de Wally só acontece nas duas ou três últimas páginas, tornando aquela dorzinha no coração do leitor um pouco mais suportável.

Chico é pop

Muito aguardado por toda a comunidade espírita brasileira, o filme sobre o mais famoso médium de todos os tempos, Chico Xavier, finalmente chegou às telonas. Fui ver e gostei muito. Aliás, é um ótimo filme para todos, independentemente de seu credo ou religião. Afinal, trata-se da biografia do médium, que viveu quase 100 anos, não é uma apologia do Espiritismo. É claro que os espíritas ficaram exultantes com o magnífico trabalho do elenco e da direção. Nelson Xavier, nosso inesquecível Lampião, está perfeito no papel, o que pode ser comprovado quando, ao subirem os créditos finais, vemos trechos de uma entrevista com o próprio Chico. Altamente recomendável.

A Arte de Correr na Chuva

Acabo de ler um romance que recomendo a todos, especialmente aos que são apaixonados por cães. O título é literalmente traduzido do original em inglês "The art of racing in the rain". A estória é narrada por Enzo, um cão apaixonado por seu dono e por corridas de carros. O título da obra remete ao talento de Ayrton Senna e traz, evidentemente, uma relação filosófica de como encarar os desafios da vida. Enzo, viciado em televisão, assistiu a um documentário que afirmava que os cães que já aprenderam tudo o que deveriam, voltam em outra vida como seres humanos. Quem convive com cães sabe que, muitas vezes eles só faltam falar. Ao envelhecer, o cão-narrador se consola com essa ideia fixa: a de que virá como ser humano em sua próxima vida na Terra. Será que a teoria de Enzo é verdade? Food for thought.

Cidade calamitosa

Aconteceu de novo: choveu, e muito no Rio de Janeiro. As consequências? As de sempre: alagamentos, deslizamentos, mortos e feridos. Até o momento, as agências de notícias registram aproximadamente 100 mortos e dezenas de desaparecidos. De manhã, bem cedo, saí de casa para trabalhar. Meu sufoco começou ainda no meu próprio bairro: a rua principal tranformara-se num enorme rio, com direito a ondas lamacentas. Consegui pegar o meu ônibus e, mais adiante, mais transtornos. O ônibus não conseguiu atravessar uma das ruas e teve de dar ré e seguir por um caminho alternativo. Molhada, enlameada e atrasada, cheguei ao meu destino e lá descobri que o meu aluno não iria pois estava ilhado em casa. Voltei para casa. Aí que realmente surgiram os problemas. Peguei o ônibus. Na altura do bairro da Glória, o motorista resolve parar, com medo da piscina que se formara logo adiante. A confusão estava armada. Antes que resolvessem partir para a violência, desci e tentei o metrô. Ao chegar à plataforma, ouvi a mensagem que dizia: "devido às fortes chuvas no Rio, trens, metrô e ônibus estão temporariamente suspensos". Antes que eu começasse a entrar em pânico, chegou um trem que me deixou na estação do Largo do Machado. E agora? Não passava nenhum ônibus e os dois táxis que avistei passaram direto. A solução foi ir andando. Andei os 3 KM até em casa atravessando o mar de lama e lixo que cobria as ruas do meu bairro. Eu tive sorte: não caí em buraco, não pisei em fios desencapados e (espero) não fui contaminada pela água. Escolas fecharam e muitas lojas nem abriram hoje. A previsão da meteorologia é de mais chuva nos próximos dias. São Pedro, tenha dó!

frustrated Easter

Passei a Páscoa na casa do meu irmão. Era também aniversário dele. Fui com papi. Levamos presentes e uma mala cheia de boas intenções. Voltei pra casa frustrada e sem nenhum chocolate na bagagem. De longe, a Páscoa mais decepcionante de todas. Moral da história: se você quer ganhar chocolates, vá a uma loja e compre! Foi o que fiz hoje: passei na Kopenhagen e comprei uma caixinha de chocolates crocantes.