Não resisti e fui conferir a última película de Almodóvar. Artisticamente falando, é um filme impecável (fotografia, maquiagem, Antonio Banderas em atuação primorosa, etc), o problema é a perversidade que invade a córnea do espectador durante sua exibição. Honestly, não dá mais para aguentar tantas aberrações em nome do multiculturalismo. Fica a impressão de que, em vez de denunciar estereótipos e acenar com a bandeira da luta contra os preconceitos, o diretor meramente nos apresenta uma galeria de tipos esquizóides, de seres amorais e imorais que não conseguem estabelecer uma cumplicidade com o público por serem incapazes de contrabalançar seus defeitos com suas (inexistentes?) qualidades. Saí do cinema um tanto enojada e algumas imagens ainda me "haunted" como terríveis pesadelos depois.
Hoje, fui ao cinema decidida a me divertir e, de quebra, ouvir o meu amado idioma francês na telona. A escolha da vez foi o filme "Le nom des gens", traduzido livremente para "Os nomes do amor". É basicamente uma comédia, com alguns momentos nonsense (para deleite dessa aficcionada por Amélie Poulain), que narra a improvável história de amor entre uma jovem de origem árabe que usa seu corpo como uma arma para converter fascistas em esquerdistas e um pacato zoólogo de origem judaica que sempre foi "certinho". Os encontros e desencontros do casal inusitado rendem um filme bem interessante. E, "vive la France!"