Aconteceu de novo: choveu, e muito no Rio de Janeiro. As consequências? As de sempre: alagamentos, deslizamentos, mortos e feridos. Até o momento, as agências de notícias registram aproximadamente 100 mortos e dezenas de desaparecidos. De manhã, bem cedo, saí de casa para trabalhar. Meu sufoco começou ainda no meu próprio bairro: a rua principal tranformara-se num enorme rio, com direito a ondas lamacentas. Consegui pegar o meu ônibus e, mais adiante, mais transtornos. O ônibus não conseguiu atravessar uma das ruas e teve de dar ré e seguir por um caminho alternativo. Molhada, enlameada e atrasada, cheguei ao meu destino e lá descobri que o meu aluno não iria pois estava ilhado em casa. Voltei para casa. Aí que realmente surgiram os problemas. Peguei o ônibus. Na altura do bairro da Glória, o motorista resolve parar, com medo da piscina que se formara logo adiante. A confusão estava armada. Antes que resolvessem partir para a violência, desci e tentei o metrô. Ao chegar à plataforma, ouvi a mensagem que dizia: "devido às fortes chuvas no Rio, trens, metrô e ônibus estão temporariamente suspensos". Antes que eu começasse a entrar em pânico, chegou um trem que me deixou na estação do Largo do Machado. E agora? Não passava nenhum ônibus e os dois táxis que avistei passaram direto. A solução foi ir andando. Andei os 3 KM até em casa atravessando o mar de lama e lixo que cobria as ruas do meu bairro. Eu tive sorte: não caí em buraco, não pisei em fios desencapados e (espero) não fui contaminada pela água. Escolas fecharam e muitas lojas nem abriram hoje. A previsão da meteorologia é de mais chuva nos próximos dias. São Pedro, tenha dó!
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